Em toda sua carreira no pugilismo, categoria peso pesado, Adilson “Maguila” Rodrigues obteve 77 vitórias, das quais 61 por nocaute, tendo sofrido sete derrotas. Foi campeão brasileiro, sul-americano, das Américas, tudo pelo Conselho Mundial de Boxe, e campeão mundial pela Federação Mundial de Boxe Profissional.
No dia 29 de fevereiro de 2000, aos 42 anos de idade, ao ser derrotado por nocaute por Daniel Frank, Maguila decidiu se aposentar. Há muitos anos ele luta bravamente contra uma Encefalopatia Traumática Crônica, vulgarmente chamada de “demência pugilística”.
Maguila, também fora dos ringues, sempre foi uma figura ímpar. Entrevista-lo não era tarefa fácil em função do seu bom humor, da sua linguagem simplória e das respostas inesperadas. No programa Jornal do Meio Dia, da Rádio Bandeirantes, em janeiro de 1997, passei por essa experiência. Ele tinha assumido a Secretaria dos Esportes da cidade de Itaquaquecetuba e resolvi entrevistá-lo:
Em função da doença degenerativa que o acometeu, algumas vezes confundida com Alzheimer, causada por socos na cabeça e consequentes traumas no cérebro, Adilson “Maguila” precisa receber tratamento medicamentoso severo e permanente, fato que exigiu sua internação em um centro terapêutico especializado na cidade de Itu.
Hoje, já bem melhor, embora com a velocidade de raciocínio prejudicada, o bom humor do grande campeão permanece o mesmo que o tornou o esportista simpático e tão querido do grande público.