Não é farda e nem patente que produzem grandes homens

Garcia Meza, ditador boliviano

Os jornais de vários países do mundo anunciaram no dia 19 de julho de 1980 que um novo golpe tinha ocorrido na Bolívia, com o general Luís Garcia Meza à frente da quartelada. Para conseguir o intento, ele derrubou sua própria prima, Lydia Gueiler Tejada, então presidindo interinamente aquele país.

Empossado, Garcia Meza mandou fechar imediatamente o Congresso Nacional e instaurou um modelo de terrorismo de Estado, promovendo prisões e assassinatos e não dando tréguas a seus adversários que sofreram meses de dura perseguição enquanto um mar de corrupção, incluindo narcotráfico sob seu comando direto, vinham à tona.

Desde a Guerra do Chaco, entre 1932 e 1935, a economia da Bolívia não sofria tamanha hecatombe como sofreu nos 13 meses da ditadura Garcia Meza. Catorze anos se passaram e no dia 12 de março de 1994, o general novamente voltou ao noticiário:

Exatamente um ano após essa entrevista ao repórter Renato Lombardi, da rádio Bandeirantes, o ex-ditador Garcia Meza foi extraditado e imediatamente começou a cumprir a pena de 30 anos que lhe foi imposta pela Justiça de seu país.

Lá, diferente daqui, sentença judicial é para ser cumprida à risca. Por essa razão Garcia Meza ainda estava preso quando veio a falecer vitimado por uma insuficiência cardíaca em abril de 2018.

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