Fim melancólico do Bamerindus

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Avelino Antonio Vieira, modesto contador, em 1929, em meio a gigantesca crise econômica mundial,  resolveu fundar na sua cidade, Tomazina,  no Paraná, uma empresa bancária e, para isso, associou-se a amigos capitalistas.  Inicialmente a empresa chamou-se  Banco Popular e Agrícola do Norte do Paraná que em 1944 foi incorporado ao Banco Comercial do Paraná do qual  Avelino tornou-se diretor comercial.  Em 1951 nova incorporação, agora do Banco Meridional de Produção e a mudança da razão social para Banco Mercantil e Industrial do Paraná e, finalmente, em 1971 uma nova denominação: Banco Bamerindus do Brasil que  tornou-se  uma das maiores instituições bancárias da América do Sul durante as décadas de 70 e 80.  Em julho de 1981 José Eduardo de Andrade Vieira, filho de Avelino, assumiu a presidência do banco.   No dia 08 de outubro de 1989, em entrevista ao  repórter da rádio Bandeirantes, Pedro Luis Ronco, Andrade Vieira falou do crescimento extraordinário do Bamerindus: 

Ao inaugurar cerca de 200 agências, em 1989, ano dessa entrevista,  Andrade Vieira colocou o Bamerindus na  segunda posição  entre os bancos privados do País com pouco mais de  mil agências por todo o Brasil.  Na ocasião ele já estava envolvido com política com mandato de senador  eleito  pelo Paraná.   Também foi ministro nos  governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Em julho de 1993 o Bamerindus apareceu no cadastro de devedores da União com uma dívida superior a 7 bilhões e meio de cruzeiros.  Durante o processo investigatório descobriu-se uma série de irregularidades que culminaram  com a intervenção do Banco Central no dia 26 de março de 1997 e a seguir  a venda de seus ativos e passivos para o banco inglês Hong Kong and Shangai Banking Corporation – HSBC.  José Eduardo de Andrade Vieira faleceu em fevereiro de 2015 em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.  Tinha,  então,  76 anos de idade.  

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