Dia 12 de novembro de 1933, dois aviões MONOSPAR com capacidade para três passageiros decolaram do Campo de Marte. Um deles com destino a São José do Rio Preto, escalando em São Carlos, enquanto o outro seguiu para Uberaba com uma escala intermediária em Ribeirão Preto. Era o início de operações da Viação Aérea São Paulo – VASP. Ao longo dos anos, especialmente depois que o governo do Estado tornou-se sócio majoritário da empresa, ela cresceu muito e chegou a ser a segunda melhor companhia aérea do País, até que resolveram privatiza-la. Quem a comprou foi o empresário Wagner Canhedo numa discutível e misteriosa transação. No comecinho do mês de outubro de 1990 ele tomou posse na presidência da empresa fazendo promessas que nunca cumpriria. Na concorrida cerimonia de posse também estava o governador Orestes Quércia com vaticínios mirabolantes que jamais se concretizaram:
Enterrada em dívidas, com uma frota de aviões já obsoletos, a VASP foi se arrastando de outubro de 1990 até janeiro de 2005, quando deixou de voar. Em setembro de 2008 foi decretada, em primeira instância, a falência da companhia. Depois de muitos recursos interpostos, depois de muitas idas e vindas, o STF fechou a questão em junho de 2013 decidindo pela falência da empresa. A VASP, sem dúvida, escreveu um dos mais belos capítulos de nossa aviação comercial, mas, infelizmente, também deixou milhares de aeronautas e aeroviários a VER NAVIOS, ou, a expressão mais adequada talvez seja: A VER AVIÕES ABANDONADOS pelos aeroportos do País. Até hoje a maioria não recebeu nem mesmo seus direitos trabalhistas.