Os médicos usam a expressão SURTO quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença circunscrito a uma região específica. Já a expressão EPIDEMIA se caracteriza quando um surto acontece em várias regiões ao mesmo tempo, caso da dengue. E por fim, a palavra PANDEMIA se aplica a uma doença que atinge vários continentes, é o pior dos cenários, caso da COVID 19. O mundo já viveu pandemias, como a atual, em inúmeras ocasiões, por exemplo, em relação a gripe espanhola, também quanto a varíola, a H1N1 que começou em porcos e os sintomas quando instalada em humanos são iguais aos causados pelo corona vírus: febre, dor de garganta, tosse e dores no corpo. E o HIV, já se esqueceram? É o vírus da AIDS que também virou pandemia a partir de 1982/83. Até o ano passado, 75 milhões de pessoas já tinham sido infectadas em todo o mundo, das quais 32 milhões morreram. No Brasil o número de mortes também é assustador, incluindo muita gente famosa e importante, como o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho e seu irmão o cartunista Henrique de Souza Filho, Henfil. Ambos nasceram com hemofilia e precisavam de transfusões de sangue com certa rotina e foi nesse procedimento que se contaminaram. Renato Russo, líder da banda Legião Urbana, morreu em 1996. Outro caso comovente foi o do cantor Cazuza, por sua luta, seu talento, popularidade e pela coragem de ter revelado publicamente sua doença numa época em que o preconceito marginalizava os portadores de HIV. Ele chegou a ser internado durante dois meses nos Estados Unidos em estado gravíssimo. Aparentemente recuperado, voltou ao Brasil e no mês de abril de 1989 e deu entrevista na TV Bandeirantes para a apresentadora Marília Gabriela:
O vírus permanecia incubado e não havia o arsenal medicamentoso dos dias atuais, assim, no ano seguinte a essa entrevista Cazuza faleceu. A AIDS é transmitida, via de regra, durante as relações sexuais sem o uso de camisinhas e em menor proporção nas transfusões de sangue. No Brasil todo mundo anda apavorado com o Covid 19 e ninguém se dá conta de que cerca de 900 mil pessoas tem o HIV, das quais 594 mil fazem tratamento com antirretrovirais que não curam, apenas retardam bastante o progresso da doença assim como previnem infecções secundárias muito graves. Os dados são do Ministério da Saúde. Saiba, portanto que a AIDS continua sua escalada vitimando principalmente homens na faixa etária dos 25 aos 39 anos.