Para desmistificar essa bobagem que anda por aí, de que determinadas pessoas, pelo grau de risco e de violência a que suas profissões os expõem, tornam-se insensíveis e jamais sucumbem às lágrimas, temos em nossos arquivos pessoais e também no Centro de Documentação e Memória da Rádio Bandeirantes – o CEDOM – algumas gravações muito emocionantes de médicos, engenheiros, militares, policiais, palhaços de circo etc chorando e por razões diversas.
Nesta postagem vocês poderão ouvir os soluços de emoção, que se transformam em choro incontido, de um profissional que passou a vida, literalmente, aplicando e tomando murros. Inacreditável, para alguns, que um pugilista seja capaz de sucumbir às lágrimas seja lá pelo que motivo for.
Eder Jofre foi campeão mundial duas vezes e em duas categorias diferentes do pugilismo: peso galo e peso pena. Perdeu o título dos galos porque foi lutar no Japão, e não precisava ter ido, colocando seu título em jogo contra o campeão daquele país. Foi esbulhado, como era de se esperar.
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Depois, já na categoria dos penas, a história se repetiu, enredo diferente mas com o mesmo epílogo do Japão. Ouçam o que aconteceu com Eder Jofre, entrevistado anos mais tarde, no programa Balanço Geral da Rádio Bandeirantes em 1999:
Lembre-se, choro não é razão para críticas ou pilhérias, não diminui o valor de uma pessoa porque não reflete fraqueza ou covardia. Choro é sinal de que você é um ser humano e tem sentimentos.