Bornay, o eterno rei das passarelas

Em 1928, aos 12 anos de idade, Clóvis Bornay não imaginava que, desfilando com fantasias de luxo nos bailes de carnaval, se tornaria lenda viva da maior festa popular do Brasil. Naquele ano, surrupiou a carteira de sócio do irmão para inscrever-se num concurso de fantasias do Fluminense e venceu o concurso levando a quantia de 190 mil réis, uma pequena fortuna na época.

Bornay repetiria o feito dezenas de vezes nos muitos anos em que foi atração à parte especialmente nos Bailes de Gala do teatro Municipal do Rio de Janeiro. “Sangue e Areia” foi um dos grandes momentos em sua carreira, em 1942, quando copiou o toureiro vivido por Tyrone Power no filme homônimo à fantasia e foi julgado por um júri composto por ninguém menos que Orson Welles e o então presidente da República, Getúlio Vargas.

Às vésperas do carnaval de 1996, Clóvis Bornay foi entrevistado no programa Manhã Bandeirantes por José Nello Marques:

Bornay, que era museólogo do Museu Histórico Nacional, também atuou no cinema participando de Terra em Transe, de Glauber Rocha, contracenando com Paulo Autran, e Independência ou Morte, estrelado por Tarcísio Meira. Evandro de Castro Lima e Mauro Rosas eram seus grandes rivais nos desfiles de fantasia.

Veja também:

Clóvis Bornay, elemento inconfundível do carnaval carioca durante 60 anos, faleceu de parada cardiorrespiratória no hospital Souza Aguiar, em outubro de 2005, aos 89 anos de idade.

Advertisement