Victória Bonaiutti de Martino, nascida em São Paulo em 1922, era a mais nova das três filhas do casal de imigrantes italianos Vittório Bonaiutti e Antonietta De Martino. Já na escola primária a menina demonstrava interesse por atividades esportivas e no coro juvenil da Igreja Batista começou a se fazer notar como ótima intérprete. Todo mundo elogiava sua voz e, levada por amigas, foi em busca de uma oportunidade num programa de rádio:
Foi naquele programa da rádio Bandeirantes apresentado pelos filiados a uma recém-criada federação dos estudantes, que Victória Bonaiutti, por votação dos próprios colegas, em homenagem à atriz alemã Marlene Dietrich assumiu o nome artístico MARLENE, conforme ela contou no programa Memória da rádio Bandeirantes em fevereiro de 1995.
Foi tudo muito rápido em sua carreira, porque talento ela tinha de sobra como cantora e como atriz tendo atuado em onze filmes e cinco peças de teatro. Discos foram mais de 4 mil nos quais registrou uma quantidade enorme de sucessos de carnaval. Despertou tamanha paixão entre suas fãs que acabou protagonizando, involuntariamente, as célebres batalhas travadas com as fãs de outra artista genial, Emilinha Borba:
Marlene, falecida em junho de 2014, é um dos nomes de grande destaque que integra a galeria da chamada fase de ouro do rádio e da MPB.