Armando Marques foi, sem dúvida, um dos árbitros brasileiros de maior prestígio. Muito rigoroso, tinha fama de disciplinador e não se intimidava diante de qualquer atleta ou dirigente.
Pelé, por exemplo, já era o rei do futebol quando resolveu afrontar Armando Marques num clássico Santos x São Paulo em 1963. O árbitro não teve dúvida em mandá-lo mais cedo para o chuveiro e, de quebra, também seu colega Coutinho. Esse clássico não acabou por falta do número mínimo de jogadores do Santos.
O autoritarismo de Armando Marques já havia criado outra confusão semelhante no jogo Corinthians 0 x 2 Vasco da Gama, no dia 16 de abril de 1961, uma de suas primeiras arbitragens. Foi no Pacaembu pelo Torneio Rio São Paulo.
Ouçam Ethel Rodrigues, repórter da Bandeirantes no gramado, no meio da confusão criada quando os corintianos reclamaram de um pênalti em que o Vasco marcou o segundo gol:
Teve outra polêmica criada por Armando Marques quando anulou um gol de Leivinha na decisão do campeonato paulista de 1971 entre o São Paulo e o Palmeiras. Armando alegou toque de mão e os palmeirenses reclamam até hoje.
Em 1973, outra decisão do Paulista, agora entre Santos e Portuguesa. Na cobrança de pênaltis ele errou na contagem e deu vitória à Portuguesa, quando foi alertado para o erro o time da lusa já havia deixado o estádio às pressas. A solução foi dar o título aos dois clubes.
Indiscutivelmente Armando Marques foi o melhor árbitro brasileiro, mas tornou-se famoso também por seus erros olímpicos em campo.