Uma das datas festivas mais esperadas pelos paulistanos foi o 25 de janeiro de 1954, comemorativa do quarto centenário de fundação da cidade de São Paulo. Foram tantas as promoções, incluindo um Festival Internacional de Cinema, tantas as exibições, entre elas o primeiro voo de aviões a jato sobre a cidade, como também foram muitas as inaugurações destacando-se aqui a entrega parcial do Parque do Ibirapuera cujas obras somente seriam terminadas sete meses mais tarde, em agosto de 1954, enfim, tamanhas comemorações exigiram a criação de uma comissão de altíssimo nível para cuidar da tarefa.
Dois anos antes das festividades, no dia 10 de janeiro de 1952, o então prefeito de São Paulo, Armando de Arruda Pereira, anunciou os membros nomeados para integrar a Comissão dos Festejos do IV Centenário:
No início da colonização portuguesa a região do Ibirapuera era ocupada por uma aldeia indígena e com o tempo tornou-se área de chácaras e pastagens. Na década de vinte o prefeito José Pires do Rio idealizou a transformação daquela área em um parque semelhante aos existentes na Europa, como o Bois de Boulogne, em Paris, e o Hyde Park, em Londres.
A ideia do prefeito foi frustrada por se tratar de um terreno alagadiço até que um modesto funcionário da prefeitura, Manuel Lopes de Oliveira, conhecido por Manequinho Lopes, apaixonado por plantas, iniciou em 1927 o plantio de centenas de eucaliptos buscando drenar o solo e eliminar a umidade excessiva do local, iniciativa que deu pleno resultado. Por isso, com muita justiça, o viveiro de plantas existente no parque do Ibirapuera, tem o nome de Manequinho Lopes.