
Thomas Edison foi quem disse que: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração.” A ideia se aplica a muita atividade, inclusive aos profissionais do rádio, principalmente alguns anos atrás quando, pela inexistência da alta tecnologia dos dias atuais. Era um verdadeiro suplício a realização de qualquer transmissão externa. Abaixo, ouçam durante um único evento, o sufoco que passaram o narrador Darcy Reis e os repórteres Luiz Aguiar, Luiz Augusto Maltoni e Ethel Rodrigues para conseguir transmitir pela Rádio Bandeirantes a Corrida de São Silvestre no ano de 1960.
Naquela época a competição começava pouco antes da meia-noite e terminava aos primeiros minutos do novo ano. Darcy, amarrado num praticável montado em cima de uma viatura de reportagem, com interrupções contínuas de sinal e preocupado em se segurar para não cair, não sabia se ficava de olho nos atletas, na fiação elétrica e nos galhos das árvores ao longo do trajeto, se narrava a corrida ou se orientava seu motorista para não perder de vista os competidores:
Ao término da corrida, outro estresse monumental. O isolamento entre os competidores e a imprensa era tamanho, para evitar tietagem e quebra dos protocolos, que ao repórter Ethel Rodrigues só restou pedir a um soldado da Força Pública, hoje Polícia Militar, que levasse seu microfone sem fio até o vencedor Oswaldo Suarez:

Confira também:
E o espetáculo não parou
Pagou a conta que era do outro
Depois de vencer três vezes consecutivamente a São Silvestre, conquistar quatro medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos e estabelecer recorde sul-americano na Olimpíada de Roma, Osvaldo Suárez passou a se dedicar ao ensino de crianças e adolescentes interessados em atletismo num Centro Esportivo Público da Argentina. Em fevereiro de 2018, ele faleceu aos 83 anos de idade.
Adicionar comentário