ADEUS PORTEIRA DO BRÁS

Porteira do Brás

Mês de janeiro sempre nos remete ao dia 25, data da fundação de São Paulo. Hoje uma metrópole que assusta não apenas pelo gigantismo populacional como, também, pelo volume de problemas que acumula principalmente no setor viário. Aliás, a questão da mobilidade urbana em São Paulo sempre existiu desde que os automóveis aqui chegaram no começo do século passado.
Um dos maiores gargalos no trânsito paulistano ocorreu durante muitos anos motivado pelos trilhos da São Paulo Railway, mais tarde Estrada de Ferro Santos a Jundiai, que cortavam vias movimentadas como a Rangel Pestana e rua da Móoca obrigando o fechamento de porteiras cada vez que passava uma composição. Num certo momento o tráfego ferroviário se tornou tão intenso que as porteiras ficavam fechadas por muito tempo provocando gigantescos congestionamentos de trânsito na região, lembrando que a rua da Moóca e a Rangel Pestana eram as únicas vias de comunicação com a zona leste uma vez que nem a Radial nem a marginal Tietê haviam sido construídas.
Ao assumir o governo de São Paulo em 1947, Adhemar de Barros determinou ao prefeito, que à época era nomeado pelo governador e não eleito pelo povo como hoje, que construísse um viaduto que possibilitasse dar fim à porteira do Brás. Foi assim que nasceu o viaduto do Gasômetro e acabou a malfada porteira. A inauguração do viaduto Gasômetro, pelo dr. Adhemar, se deu no dia 27 de dezembro de 1949:

O fim da porteira do Brás foi uma das obras mais comemoradas em São Paulo durante muitos anos e rendeu dividendos políticos extraordinários ao governador Adhemar de Barros que sabia capitalizar, como nenhum outro, as vantagens de empreendimentos bem sucedidos:

Comentários (5)

  • Milton, é com muito pesar ter escutado ontem na radio USP que chegou ao fim a sua participação no programa exibido aos domingos, é uma pena as pessoas acharem que qdo chega aos 70 anos a pessoa não tem mais capacidade ...infelizmente no Brasil é assim,parbens pelo seu trabalho
    abçs Francisco

    • Obrigado, Francisco. Também sinto não poder continuar na Rádio USP. Convido o colega a acompanhar o programa MEMÓRIA pela Rádio Bandeirantes. Sábado às 23horas e domingo, reprise às 5horas. Entretanto, o EMPÓRIO MUSICAL ainda está fora do ar.

  • Sr Milton Parron, aprendi a ouvi-lo com meu finado pai, sempre gostei da forma que trata a memória do rádio.

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