7 de setembro, dia da independência do Brasil

O Hino Nacional Brasileiro, teve sua melodia composta em 1831 por Francisco Manoel dos Santos, com letra de Ovídio Saraiva. Fazia uma crítica pesada à D.Pedro I por ocasião de seu retorno a Portugal após abdicar ao trono do Brasil em favor de seu filho D.Pedro II, na ocasião ainda menor de idade. Chamava-se Hino da Abdicação, cuja melodia, a mesma do Hino Nacional Brasileiro, caiu de imediato no agrado popular. Quando assumiu, D.Pedro II mandou alterar os versos críticos à seu pai e manteve o Hino da Abdicação como uma espécie de hino oficial que era executado em todas as solenidades às quais o monarca comparecia. Um dos versos criados na nova versão, dizia: Negar de Pedro as virtudes/ Seu talento escurecer/ É negar como é sublime/ Da bela aurora o romper. Percebe-se que era uma versalhada muito pobre, porém a melodia continuava empolgando o povo. Em 1890, o governo da República recém proclamada, na tentativa de varrer do mapa qual quer vestígio que lembrasse a monarquia, criou uma comissão para escolher, por concurso, um novo hino, que apesar de imposto por decreto não caiu no agrado de ninguém e o povo continuava cantando o antigo que enaltecia a monarquia. Em 1909 finalmente, por intermédio de novo concurso no qual ficou estabelecido que seria criado apenas o verso para o Hino Nacional do Brasil, sendo mantida a melodia do antigo Hino da Abdicação, e quem venceu foi Osório Duque Estrada. A título de curiosidade, as pessoas bem antigas, que aprenderam com seus pais e avós que frequentavam as escolas no comecinho do século passado, afirmam que o Hino Nacional do Brasil tinha uma introdução cantada que hoje só é executada instrumentalmente. Ouçam como era essa versão, com as crianças da escola de guardas mirins Ten. Antonio João, de Ponta Grossa, Paraná:

http://webcast.sambatech.com.br/802E76/origin1/account/65/14/2012-09-06/audio/204b8adfb2cef3b991ca83896885e51a/_02_-_HINO_CRIANCAS.mp3

Em verdade essa abertura cantada do Hino Nacional Brasileiro nunca existiu oficialmente. Foi uma contribuição que Américo de Moura, um paulista de Pindamonhangaba, que presidiu a província do Rio de Janeiro em 1879 e 1880, quís dar ao governo antes de ter sido escolhido o Hino naquele concurso de 1909. Ele escreveu não apenas a abertura, mas o hino todo com o propósito de que a melodia fôsse perpetuada como realmente viria a acontecer.

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