Até o repórter se surpreendeu

A São Paulo de 1952, infinitamente menor, diferia da atual por ser menos violenta, porém, os problemas urbanos já eram mais ou menos iguais aos de hoje. São Paulo tinha pouco mais de 2 milhões de habitantes e, se dizia, era possível conhecer os problemas de cada vizinho. Nas delegacias a coisa mais comum quando algum batedor de carteira, um larápio qualquer era detido, era sua alegação de inocência afirmando ser trabalhador, pessoa honesta bastando mandar algum investigador até sua casa e vizinhança para comprovar o que estava dizendo. Situações surreais, impensáveis hoje em dia. Em abril de 1952 teve uma greve de ônibus na Capital – como se vê, já tinha greve nos transportes coletivos. Não havia piquetes, nem constrangimentos. Trabalhar, ou fazer greve, era uma questão de vontade própria. O repórter da rádio Bandeirantes, José Carlos de Moraes, “Tico-Tico”, foi até uma das garagens para ouvir a reclamação dos motoristas e cobradores. Parece cena de chanchada da Atlântida, ouçam abaixo:

Milton Parron

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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